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segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Reportagens da Globo sobre o livro Arprom uma escola de vida

A afiliada da TV Globo para o noroeste paulista, a TV Tem, fez várias reportagens sobre o livro. A primeira, sobre o livro e as histórias e personagens que ele traz; a segunda e também a terceira, sobre o lançamento; a quarta, sobre a cerimônia de doação de 160 exemplares para a Rede Municipal de Ensino. 

Links:


Livro reúne meio século de histórias da Arprom

7 minExibição em 23 mai 2022
O livro "Arprom, uma escola de vida" conseguiu reunir meio século de histórias da entidade rio-pretense.

https://globoplay.globo.com/v/10601319/?s=0s


Festa de lançamento de livro da Arprom reúne ex-alunos, autoridades e empresários

6 minExibição em 24 mai 2022



Bom Dia Cidade – Rio PretoUma festa de lançamento do livro "Arprom - uma escola de vida" reuniu ex-alunos, autoridades e empresários.

https://globoplay.globo.com/v/10603805/?s=0s



Livro "Arprom - uma escola de vida" tem lançamento oficial

1 minExibição em 24 mai 2022
O lançamento do livro "Arprom - uma escola de vida" foi realizado na última terça-feira (23) em São José do Rio Preto (SP).

https://globoplay.globo.com/v/10603020/?s=0s

Livros com a história da Arprom são entregues à Secretaria de Educação de Rio Preto

1 minExibição em 2 ago 2022
Foram entregues 150 livros com a história da Arprom para a Secretaria de Educação de São José do Rio Preto (SP). Os livros serão distribuídos para escolas municipais e estaduais do município.


https://globoplay.globo.com/v/10814659/?s=0s


domingo, 14 de agosto de 2022

Lançamento do livro "Arprom: uma escola de vida"

Escrevi a maior parte desse livro durante a pandemia. Procurávamos, eu, e o editor,  resgatar a história da Arprom nos seus 54 anos de atividades em São José do Rio Preto.  Não no todo, obviamente, mas de maneira a apontar os acontecimentos e, as pessoas e suas obras que edificaram e sustentaram uma das jóias do assistencialismo à população carente na cidade. Muito do acervo histórico da instituição se perdeu durante mudanças, refomas e enchentes várias que inundaram a av. Anberto Andaló, bem prõxima da sede. Queríamos e precisávamos do depoimento das pessoas que vivenciam a a Arporm, desde há muito ou recentemente.  O presidente em 2020 era o Dr. José Vitta Medina e o vice, D. Paulo Humberto Borges.  Aliás, a dupla se dedica à entidade em sucessivas gestões.  Comecei com Medina, memória viva e privilegiada de tudo e de todos que importam no trabalho respeitado e admirado da associação.  Fiz uma lista de fatos a pesquisar, documentar, e de pessoas Uma dificuldade grande para falar com as pessoas, muitas basante idosas, colher material.  Demorou mais do que havíamos programado.  O D. Medina ficou doente com a Covid 19. Faleceu. Depois, nosso querido amigo diagramador Cesinha Correa, teve um Finalizei a editoração do livro.VC.  A esposa e o filho de Cesinha permitiram que eu pocurasse no computador dele o que já havia sido feito. Ele ali perto, acamado. Outros amigos e colaboradores da Arprom se foram.  Outra diretoria tomou posse, provisoriamente, depois outra. O livro precisou de atualização. Em fevereiro de 2022 foi impresso.  Várias outras questões nos levaram a agendar o lançameto para maio de 2022.  E assim foi, no dia 11, no Riopretoshopping. Uma festa maravilhosa, com a presença dos "ex-guardinhas", desde a primeira turma, desde o legionário mirim número 1, diretores, colaboradores, amigos e parentes, empresários empregadores dos aprendizes ao longo do tempo, juizes, promotores, prefeito, vereadores, a moçadinha alegre que estuda e aprende a viver na Arprom, atualmente. Muita gente feliz.  Autografei mais de 100 exemplares. Um número expressivo para Rio Preto, quase um bestseller.  A renda foi e continua sendo revertida para a Arprom. Sou extremamente grata pelo privilégio de escrever essa história.





sábado, 12 de março de 2022

Redação e design editorial - capa e orelhas de Banalidade fecundas

 


Uma capa de livro que resultou da troca entre autor e designer. Fazer a capa e o texto para as orelhas do livro de  Maria Antonia de Oliveira foi um desafio.  Demorou para  chegarmos ao resultado final.  Ela conhece muito de tudo, texto, design.  Fiz a proposta da imagem da capa absolutamente encantada pela delicadeza e profundidade dos poemas de Maria Antonia.  Nutrição para a alma.  

Pra degustar de joelhos

Você já sentiu saudades de alguém que não conheceu? Você resgata memórias de delícias não vividas quando uma pessoa, de repente, se dá a conhecer? 

Maria Antonia poderia ter sido minha melhor amiga. Vejo-me com ela ainda criança de pés descalços, cabelos ruivos e vestidinhos leves flutuando em redemoinho, espichando os olhos para dentro de troncos de árvores, cavucando buraquinhos de tijolos que esconderiam segredos guardados só para nós. Com ela deveria ter participado da ventura de  inverter a lógica dos adultos em experiências no laboratório de ofícios perguntantes.   

Dá uma vontade louca de tê-la acompanhado milimetricamente vida afora. Ela tem uma capacidade peculiar de amalgamar tons dissonantes, fazer rir de verdades insolúveis, deitar o olhar sobre coisas não ditas e inauditas; de mostrar a engenharia oculta no avesso, na estrutura silenciosa do despertar para verdades sem tamanho. É a artífice semeadora do protagonismo dos pormenores. Das viagens Geograficamente escaláveis, de pé no chão e mochila ou sobre rodas de ar ou água e almofadas de veludo, até os muitos perdidos se encontram para contar histórias deliciosas.  Tanto quanto o perfume que se faz sentir daqueles sabores da cozinha materna, de forno e mesa primordiais. 

As reflexões profundas dessa autora trazem à superfície a memória negada dos dias recheados de curiosidades e belezas fugidias desse cotidiano de viver nosso, que por se pretender eterno rabisca em cadernos alheios simulacros do desistir. 

Beleza é a palavra-chave do texto. Curiosidade a chave-mestra de um macrocosmo desdobrado nos mínimos plurais.  Singular e madura reflexão em que tudo importa, tudo se conecta. A cada assunto se soma um ponto no viver que não se cansa de nos surpreender. É uma iguaria preciosa, de se comer rezando.

Hilda Gullar -  escritora 

Serviços editoriais - capa e orelhas do livro de Sônia Guerreiro

 


Uma estrada tão bonita 

Quantas verdades podem caber em uma história? Leia a que Sonia nos conta neste livro e irá encontrar incontáveis revelações. Porém, a maior e mais valiosa verdade, a sua própria, pode tocar-lhe a fronte com o roçar leve de suas asas translúcidas. Pelo menos é o que nos sugerem e apontam como realizáveis os dizeres que moram nos saberes da autora.

Universos paralelos e seres de evolução esperam pela nossa permissão para que nos mostrem caminhos e generosamente transponham conosco portas e portais que nossa visão maculada pela objetividade insiste em nos ocultar. De repente, uma palavra faz parecer tão simples, natural, fácil e mágico o viver que insistimos em manter à distância!  Tão livre, leve e transparente é a fé de Sonia, que nos vemos animados a atravessar as opacidades corpóreas, ancorados nas luminescências com as quais ela nos cobre. Várias caudas de cometas cintilantes cruzam as entrelinhas deste livro.  Não perca nenhuma carona.

Hilda Gullar - Escritora


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Surge o heterônimo Hilda Gullar nas orelhas do livro Bendito fruto

 


Muitos escritores usam heterônimos. O mais famoso e, para mim, o mais ilustre, é Fernando Pessoa, com seus Ricardo Reis, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Bernardo Soares que tem nos encantado em obras ímpares.

Sem a pretensão de imitar o mestre, Hilda Gullar, um dos meus heterônimos desde quando não havia internet, passou a se exibir nas orelhas na coletânea Bendito Fruto do Nosso Ventre: Dores e delícias do maternar, da Editora Ponto Z. 

Por quê? Acho que escrever sobre escritos de um autor exige um cuidado na apreciação bem diferente daquele que dedicamos aos nossos próprios textos.  Outra história, outra persona, livre das nossas idiossincrasias. O texto crítico deve ser absorvido em profundade, de olhos limpos.

Hilda Gullar tomou enorme gosto pela coisa e não parou até hoje. Está gestando um livro sobre esse fazer literário de características bem marcadas. 

Hilda, de Hilda Hilst, e Gullar, de Ferreira Gullar, meus guias de cabeça e coração.



Texto das orelhas


O amor além da tribo

Às vezes maternar não flui como sonhávamos e corremos o rio em desabalada carreira e com pouco fôlego, ou nos enroscamos nos galhos secos das beiradas. É certo que nos assustamos com a lonjura das margens, com a velocidade da descida e com os braços repentina-mente curtos. Dos autores desta coletânea, a maioria conta histórias e poetiza realidades de mães e pais que beberam dessas mesmas águas. Foram aprendendo conforme o desafio que o momento impunha, no improviso, entre risos e lágrimas. Seguiram se agarrando em qualquer raiz ou coisa que servisse como boia, antes que conseguissem construir o porto seguro da experiência e propiciar a seus rebentos toda a carga de amor e cuidados devidos, conforme os valores introjetados pela nossa cultura. Fomos moldados para colocar o amor maternal acima de todos os amores terrenos e, se assim não for, independentemente das circunstâncias, a marginalização e o expurgo serão as faces do veredicto da civilização contemporânea. Dos filhos também são esperadas doses cavalares de amor, zelo e gratidão, mais, pelo menos e sobretudo enquanto não se tornam pais. 

Não foi sempre assim. A história e a antropologia nos contam da proliferação de filhos-moeda, que vieram ao seio familiar com a 

função de garantir braços fortes para a lavoura, muitas vezes destinatários de tratamento animalesco. Outras atrocidades, assim julgadas por nós, eram cometidas por tribos indígenas arcaicas, como a dos índios Tapirapé, cujas mulheres matavam todos os seus filhos após o terceiro, devido a crenças  religiosas. 

O infanticídio, fato comum entre diversos grupos humanos, põe a sete palmos o aclamado instinto materno e revela a complexidade e o poder da endoculturação. Também o amor filial é desnaturado em estudos que apontam outros rituais de povos antigos, como os esquimós, que conduziam os seus velhos pais às planícies geladas para serem devorados pelos ursos. 

Afortunadamente, no estágio do processo civilizatório em que nos encontramos, barbáries dessa pecha são desvios da natureza das coisas e pessoas, que uma cultura de leis e ordens escritas cuida para que sejam mínimos. Maternal ou filial, o amor que ronda as vidas  das pessoas e dos personagens é espontâneo e desmedido, mesmo no caso de um filho lobisomem e sua devotada mãe, que lhe faz companhia ao devorar o fígado ainda quente de sua vítima. Horripilante ou belíssimo, diga você depois de ler o conto que está aqui, nesta coletânea. Surpreenda-se com os outros tantos.


Hilda Gullar

Escritora

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

ESCRITORA: AUTORIA DO "POEMA DE NATAL" PUBLICADO NA COLETÂNEA NATALÂNDIA

 

Título:                                  Avesso

 

Não são as camas que você frequenta

Mas seu coração que não se me abre

Não é o sexo o que me faz falta

Mas sim o beijo que me prolongaria a vida


Não é a mente que o registra

Mas o coração dilatado no peito

Incansável e desajeitado baterista

No compasso da sua onipresença


Não é sua pele lisa que me seduz

Mas cada ruga do seu rosto

Cada vinco que registra sua história

Que colam em mim seu ser único


Não são seus trejeitos treinados

Seus sons doces

Seu olhar de Capitu

Seu sorriso largo


Mas as indelicadezas que lhe escapam

Quando se estende sobre mim

Quando se aninha em mim

À vontade na sua morada


Não são seus dizeres pensados

Medidos e montados

Mas suas verdades caladas

Não as imagens, mas os negativos


As negativas do ter

As vontades do ser

Pouco sábia e otária

Essa cativa voluntária


Hipnotizada diante da fogueira

De olhos baixos fixos nas brasas

Cegos à luz circundante

Insensível ao queimar das labaredas


E como boa menina

Que cumpriu os doze trabalhos

Mas deixado incompleto o rosário

Marcou os joelhos no milho


Rogo ao Papai Noel

O presente sempre pequeno

Acondicionado às posses

Da conformada menina

Desde que se soube ser


De presente na finitude certa

E não a boneca azul desejada

Na vermelha encarnada


O alívio de pouco querer

Do amor se esquecer

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Autoria de poemas no livro Babel Poética


 

Título:                                               Insistência

 

                                             O tempo pesa,

O dia leva,

A noite lava.

                                                                                   Você, ressaca.

A manhã é leve,

A tarde espera,

A noite fere.

                                                                                   E você, mordaça.

O tempo não passa,

A noite impede,

A cama impera.

                                                                                   E você, disfarça.

A cabeça não pensa,

No corpo, torpor,

Depois, a dor.

                                                                                   E você, blasfêmia.

Seu corpo flácido,

Minha língua ágil,

Amor de plástico.

                                                                                   E você, arsênico.

A noite tudo cega,

A manhã fel tem,

Você: fique bem,

E Eu, muito além.

 

 

 Título:                                            Ainda aqui

                                              

                                             Coração insistente,

Alma ardente,

Lugar para amar, luar,

Dor inconveniente.

 

Esqueci-me do sabido

De pessoas imutáveis,

Dos fatos fatais,

Do ato pelo ato,

Da repetição eterna

Que mostra que gosta

Da rude aposta;

De que nada muda

Profundamente,

Que as pessoas

passam,

Que as coisas

Passam,

Que os sentimentos

Passam,

Doloridos e lentos,

Nos passos bêbados

De uma vida besta.

 

Que pretensão ser eu!

Eu!

A mídia não deixa,

O dia não deixa,

O outro não deixa.

E o eu se encheu

De ouvir minha queixa.




Título:                                             Tradução corintiana

 

                                       Vou fazer um poema

desorganizado,

desestruturado,

da métrica e da rima,

rica prima,

descuidada.

Daqueles que

alimentaram o vento

e perderam o acento.

Só para me coçar

E lambuzar

no prazer

de lhe dizer,

na maior tradição

hilstiniana e

na melhor tradução

corintiana:

Vai se f!

 

  

 

Título:                                            Efe

 

                                       Dia desses me planto

Na tua janela,

Disfarçada de carnívora.

 

Com fome de pântano

Te sugo inteiro,

Sem divagar

E bem devagarinho.

 


Título:                                             Não

  

                                            Inverno de vida 

                                            Noite, mais que dia 

                                            Fria 

                                            Tímido repousa o lábio 

                                            Frio 

                                            Esquecido do beijo 

                                            Que nunca me deu



Título:                                              Algoz 

 

                                             Recolhido o dedo em riste 

                                             Da tua mão fechada escapa 

                                             Gota contrariada e rubra 

                                             Em ti também a desgraça 

                                             Corta, estilhaça e urra



Título:                                              Anverso inverso

  

                                            Lá vem ela 

                                            Derramando sua negritude  

                                            pelos corredores 

                                            Espalhando zombeiterices 

                                            Queixo erguido 

                                            Pestanas oblíquas 

                                            Olhar de soslaio 

                                            Causticante 

                                            Cabelo horizontal 

                                            Quadris planos 

                                            Ondas e hordas 

                                            Em balanço a seguem 

                                            Engula, baixe os olhos 

                                            Sua braquitude o exclui 

                                            O passeio é largo 

                                            Você passa 

                                            E ela vai longe