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sábado, 12 de março de 2022

Copywriting e redação de título e orelhas de livro - mais design de capa

 

A produção editorial do livro No cárcere com o corona: memórias etílicas, idílicas ou nem tanto   envolveu, inicialmente, a criação do  título,  a redação do texto copywriting  para divulgação do projeto da coletânea a autores. Concluida a adesão dos participantes na obra e entregue a maioria dos textos, iniciei a leitura cuidadosa desse material enviado pelos autores.  Esse passo é importantísso para o desenvolvimento  do processo criativo do design de capa e da redação das orelhas.  A capa precisa refletir o conteúdo, estar alinhada ao tema, instigar, encantar.  Junto com o título, faz uma promessa ao leitor.  É o start da venda.  O texto das orelhas deve completar a persuasão. Podemos dizer que essas são, resumidamente, as etapas do processo de produção editorial de um livro.


Texto copywriting para divulgação da coletânea a autores

Tempos de querência. Quantas. Menos de morrer.  Tempos de carência. Tamanhas. Maiores e fundadas a cada avanço do ponteiro. 

Quem esperava por uma desfaçatez dessas? Onipresente dentro ou fora das nossas paredes, o corona não deu trégua.  Nos obrigou a repensar e ressignificar um monte de coisas, a adotar novos hábitos, a reexistir. O tempo todo. 

Sozinhos como nunca antes neste país, sob mandos e desmandos, apartados dos outros desejados ou apertados entre aparentados. Perdidos num tempo que nos deu tempo demais para pensar e sentir, as bolas nos obrigou a dar-lhes trato.  

Quanta coisa passa pela minha, pela nossa, pela sua cabeça.  Ponha no papel. Valem reflexões, relatos sobre coisas e atitudes estranhas que aconteceram, dentro ou fora do seu quadrado, contação de casos que não aconteceram, análises, críticas, amaldiçoamentos e “não falei”? 

Falou sim senhor.  Só falta escrever, para entrar na história. 


Texto para orelhas, por Hilda Gullar (heterônimo)

Pra não dizer que não falei dos gafanhotos 

Oh, coroa, se você fosse de flores adornantes da nossa birrenta aventura do viver!  Mas não, vem vestida de breu vampirizar nossos quereres e aligeirar nossa pressuposta paz.  De que recôncavos sepultados pela história você ressurgiu? 

Não bastava sua face medonha, se faz acompanhar de cavaleiros indulgentes com a contemporaneidade e  coloca abaixo a ilusória impermeabilidade dos nossos dias. Mistura em covas rasas ossos do descaso do eu com todo e qualquer outro e nos mostra a fundura de nossos umbigos. Inseriu-se nos meios que nos levariam a lugar diverso da desesperança.

Céu e terra estão cobertos com a praga que carrega outras 10:  a arrogância ditatorial e as fuças dos filhos em série, o sangue dos pobres,  a invasão dos novos fariseus, os fétidos rabos das raposas políticas, a chuva de fake news, as trevas dos dogmas, a liberdade emparedada, a alienação do gado, a transigência dos poderes  constituídos, a tirania da mídia, os  cientistas vendidos, a morte dos médicos, a virtualização do real, as infindáveis lives, os olhos presos nas janelas, a solidão insustentável dos  autossuficientes, o adeus dos abraços.

É, passou de dez.  Mas nada passou em branco para os autores desta coletânea. Cada um aumenta um ponto, de vista e ou de crochetaria. Diretamente de seus quadrados tecem redes de descobertas, de criatividade redentora, de receitas para sobreviver apesar de e enquanto for possível escapar do vírus de tentáculos grudentos. Vale tudo para não ser sugado para a teia invisível da armadilha final.

 Ado, ado, de seu quadrado isolado cada qual ventila dias e noites com novos hábitos, experimentos, ideias. Compartilham em seus escritos o além de si mesmos. Plantam a colheita do depois, que talvez virá, com que cor e sabor não é sabido. Cavucam seus meandros, sua sapiência antes reservada, se abrem, se expõem, como nunca antes nessa vida de laço, nó e gibeira, onde acomodam os ganhos da travessia ensimesmada. Tudo tem uma importância colossal.

Parece que não perderam nada pelo caminho. Talvez tenham se esquecido dos gafanhotos.

                                       

Hilda Gullar - Escritora     




terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Copywriting para prospecção de autores - coletânea Natalândia

 


O bom velhinho e suas renas velozes povoaram nosso imaginário na infância, embalaram nossos sonhos de felicidade com data marcada: a Noite de Natal, ou melhor, a véspera, quando ele desceria a chaminé e, silencioso e invisível, nos traria o presente desejado.

Esse era o modelo, a regra, o caminho que nos levaria para um novo ano feliz, de posse da boneca cobiçada, do carrinho último timo, da bola de futebol igualzinha ao do time do coração.

Como felizmente um dia não é igual ao outo, um Natal é sempre surpreendente e um marco na nossa vida. Você, com certeza, tem uma história sua, só sua, para nos contar. Pelo menos uma.  Alegre, prazerosa, feliz ou triste, as experiências nessa data tão festejada fizeram suas marcas que hoje, vistas com o distanciamento histórico, ajudaram a construir a pessoa que você é.

Histórias, em prosa ou verso, não faltarão.  Anime-se e conte para quem quiser ouvir.  Um Natal em que você conheceu alguém, ou um local, ganhou o presente desejado, foi esquecida pelo Papai Noel, presenciou ou participou de uma situação emocionante, fez o Bem, enfim, vivenciou e partilhou emoções.  Relembrar é reviver e isso, hoje, é o maior presente.